quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Outis Xavier


Quando, em momentos aleatórios, abro o iTunes e começa 'Looking Back' de 'Kerry Muzzey', já sei o que significa: hora de escrever. Normalmente não sei do que se trata. Por vezes me vejo como um médium. E minha escrita é minha psicografia, revelada por nenhum outro espírito além do meu. Minha escrita vem de dentro. De minha cerne. De minhas vontades. De meus desejos. De meus anseios.
A minha escrita às vezes vem substituir um momento de fúria, de ira, de discórdia, de brigas. Existem pessoas que bebem para esquecer. Eu escrevo. Como em um livro de Paulo Coelho – e me desculpem aqueles que não gostam do cara, e me perdoem o que acreditarem que estou passando por um pseudo-intelectual. Eu gosto. Não porque é famoso. Não porque dizem que é bom. Porque me é interessante. E olha só... Já me desviei do assunto. Como em um livro de Paulo Coelho, ‘Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei’, o protagonista escreve toda a história de sua vida e a joga no Rio Piedra, para que as águas a levem e ele possa esquecer-se do que não o apraz.
Criei um blog certa vez com o intuito de postar um texto a cada semana. O blog deve possuir uns 10 meses e uns 4 textos. Sou sem dúvida um papalvo. E minha escrita é meu valhacouto. Confuso? Como alguém diria, “how cares?”. Escrevo metade para mim. A outra metade escrevo para você, que mesmo sem provavelmente entender nada do que eu escrevi, chegou até aqui. Afinal, a palavra é metade de quem diz e metade de quem houve.
Preciso de amigos por perto. Beijos me liga. (?)

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Okay?

"Ok" (pronuncia-se ó quêi ou ôquêi) é uma expressão de origem desconhecida e etimologia muito discutida. Equivale à expressão em português "Está bem!" e suas derivações. Alguém avisa que não vai poder ir à aula e você diz "Ok", mas fica puto porque tinha trabalho pra entregar. Alguém fala "a chuva parou" e você diz "Ok", e pensa "Até que enfim". Um amigo diz "perdemos o ônibus!" E você diz um "Putz... Mas OK! Logo passa outro" e relaxa. A mulher do caixa diz que não tem 1 centavo de troco e você diz "Ok" e você sorri e vai embora. O cara da padaria diz que o Eskibon acabou. Você diz "Ok" e procura na próxima padaria. Você pede pastel de camarão e só tem de frango. "Serve?" pergunta o cara que está vendendo. Não, não serve, você pediu camarão, não frango. Mas na falta, "Ok". E até que o de frango é gostoso. Mas nunca diga "Ok" quando alguém disser que te ama. Jamais diga "Ok" se alguém se declarar a você. Não ama? Senta e conversa. Peça desculpas - sinceramente - por não poder retribuir a este Amor. Não gostou da declaração? Achou brega? Tente ver que a intenção foi boa. Mas não diga "Ok". "Ok" não magoa o colega de classe. Não machuca a caixa. Não fere o rapaz do pastel. Mas magoa, machuca e fere profundamente o coração quando se gosta, quando se ama. Ok?

sábado, 23 de julho de 2011

Whatever...



Dizem que a vida é curta e que um dia nós iremos acordar e todos os nossos sonhos e tudo o que desejávamos e queríamos terá acabado. As pessoas ficam velhas, elas mudam, as situações mudam. E o que eu queria era aquele momento. Quase daquele jeito. Meus sentimentos por você. O jeito que você estava, o jeito que eu te olhava, mesmo sem você retribuir. Eu queria que tivesse durado pra sempre. Não durou. Talvez se eu não tivesse dito nada... Mas não importa o que aconteça. Você sempre terá alguém aqui. Para qualquer momento que precisar.  Sempre. Eu nunca vou deixá-lo. 

Wharever.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

X-Men Nº 12 ~


Sou um fã não declarado de X-Men. Acho que nem eu sei ao certo quanto eu gosto disso. E saindo do fundo do baú dos meus conhecimentos inúteis, do lado do “a Vampira perdeu a virgindade na Antártida com o Gambit quando seus poderes foram anulados pela vilã Babá” e embaixo do “o tempo que dura a gestação de um mamífero depende do dimensão da cabeça do filhote, já que naturalmente, ele deve atravessar a pélvis da mãe”, na frente do “um caracol pode dormir por uns 3 anos”, entulhado perto do “o Rei de Copas é o único que não tem bigodes em todo o baralho” e bem próximo ao “a imortalidade de Jesus foi decidida em um conselho, chamado ‘Concílio de Nicéia’”, está o título da revista nº12 dos X-Men: “A dor da descoberta”.

É estranho como descobertas podem ser dolorosas. Exageradamente, óbvio. O que sentimos quando o coração parece apertado, não é dor. E nem é aperto. E nem é no coração. É um ‘simples’ incômodo, já que coisas do tipo geram ansiedade, que mexe com a respiração e prejudica que o ar entre e saia, fazendo com que surja essa sensação desagradável. É psicológico. Tudo psicológico. Quisera eu ter a ajuda do Professor X e controlar todo o meu sentimento, todo o meu pensamento, meu psicológico que cada dia mais julgo ser perturbado. Afinal, depois da Jean, eu seria fichinha pro Xavier.

Preciso de um autocontrole maior, melhor e muito mais eficiente. Cansado ou não, preciso viver por mim. Viver por viver. Viver para viver. Para evoluir.

Sei que devo estar errado, mas me sinto um pouquinho, um tantinho assim enganado. Mas eu seria um imundo falando de um levemente empoeirado.
 
E deu minha hora. Vou postar assim mesmo. Sem revisão, sem conclusão. Espero que blogs possuam licença poética. Eu uso um bocado aqui; acho. Mas ainda asism me pergunto: quem terá cometido um atentado ao meu Coração?

Fica a dúvida.
Eis a questão, diria Shakespeare.


My personal Chaos Theory ~

"It has been said that something as small as the flutter of a butterfly's wing can ultimately cause a typhoon halfway around the world".
~ Chaos Theory

I'll never change what's been and gone. All this has hurt me a lot. Enough for me to drop everything and move on, but there is love and I fell loved. But one problem: there is whenever I feel like that. Most of the time there are caring, kindness, smiles and hugs; sixty-five, seventy percent of the time, anyway. The real problem of what happens is that in another thirty or twenty-five percent, I feel like garbage. This make me blue.

O que parece é que tudo que faço se torna em minutos uma bola de neve gigante ou um bater de asas de uma borboleta do outro lado do mundo – fazendo com que ironias, sarcasmos e as fatídicas agulhadas – por vezes cegas – surjam. Pensando bem, às vezes nem precisa, não é?

May I'll see someday him bright smile and my destiny may keep me warm and no more tears. But… I feel like all of the stars are fading away. Until then, I wait maybe not so patiently.

I wil just try not to worry, take what I need and be on my way.
Yes, I wrote that in English. Really.

[…] 

E tudo o que eu gostaria realmente de falar, permanecerá aqui, imóvel, intacto e completamente dentro de mim.

[…]  
 
E o fato é que é mais fácil eu aprender todo o seu japonês –  com kanjis, katakanas e hiraganas – em braille, a nos entendermos por completo e aprendermos – não exatamente na primeira pessoa, nem no plural – a sermos mais gentis e tolerantes um com o outro.
Please, do to stop crying my – that’s your – heart.

E com ou sem licença poética, I'm tired.

N.F.H.M.I.L.Y.

De tudo, a sure: アイ ロブ ユウ.



quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Meu Mundo e Nada Mais 

Guilherme Arantes

Quando eu fui ferido
Vi tudo mudar
Das verdades
Que eu sabia...

Só sobraram restos
Que eu não esqueci
Toda aquela paz
Que eu tinha...

Eu que tinha tudo
Hoje estou mudo
Estou mudado
À meia-noite, à meia luz
Pensando!
Daria tudo, por um modo
De esquecer...

Eu queria tanto
Estar no escuro do meu quarto
À meia-noite, à meia luz
Sonhando!
Daria tudo, por meu mundo
E nada mais...

Não estou bem certo
Que ainda vou sorrir
Sem um travo de amargura...

Como ser mais livre
Como ser capaz
De enxergar um novo dia...

Eu que tinha tudo
Hoje estou mudo
Estou mudado
À meia-noite, à meia luz
Pensando!
Daria tudo, por um modo
De esquecer...

Eu queria tanto
Estar no escuro do meu quarto
À meia-noite, à meia luz
Sonhando!
Daria tudo, por meu mundo
E nada mais...






Nada mais.

sábado, 8 de janeiro de 2011

De 'Tempo de Rasgar, Tempo de Costurar' ao 'Valhacouto de um Papalvo'


O título inicial do meu blog deveria ser "Tempo de Rasgar, Tempo de Costurar", fazendo referência ao livro do personagem principal de “O Zahir”, obra de Paulo Coelho. Zahir, em árabe, quer dizer visível, presente, incapaz de passar despercebido. Algo ou alguém que, uma vez que entramos em contato, termina por ir ocupando pouco a pouco nosso pensamento, até não conseguirmos nos concentrar em nada mais. Isto pode ser considerado santidade ou loucura. Na obra, o autor de ‘Tempo de Rasgar, Tempo de Costurar’ é um escritor famoso que, ao ser abandonado pela esposa, entra em um caminho sem volta em busca de sua amada. Conhece o Amor, viaja, encontra novas pessoas, descobre as ‘cores’ do Mundo e encontra a felicidade através disso.

Você me conhecerá melhor através do blog. E você me chamará ‘Outis’, assim como no mito de Ulisses. Diz-se que "há muitos séculos, um poeta descreveu a peregrinação de um homem, Ulisses, para voltar até uma ilha chamada Ítaca, onde sua bem-amada o espera. Enfrenta muitos perigos, de tempestades a tentações de conforto. Em determinado momento, quando está em uma caverna, encontra um monstro com apenas um olho na testa. O monstro pergunta seu nome: “Outis” ('Ninguém', em grego), diz Ulisses. Lutam, ele consegue atravessar o único olho do monstro com sua espada, e fecha a caverna com uma rocha. Seus companheiros escutam gritos e vêm socorrê-lo. Notando que existe uma rocha na entrada, perguntam quem está com ele."Ninguém! Ninguém!", responde o monstro. Os companheiros partem, já que não existe nenhuma ameaça à comunidade, e Ulisses pode continuar sua caminhada em direção à mulher que o espera".

Como o título já havia sido usado, optei por uma sugestão acidental de um amigo. ‘Valhacouto de Papalvos’ foi uma referência a uma das histórias de Sherlock Holmes, fazendo alusão a um refúgio de idiotas.

Aqui, será o refúgio, a fortaleza de apenas um. Outis. Eu.